segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Página?

Por quê é tão difícil virar uma página? Essa resposta é tão simples... Porque ali queremos permanecer... bem ali. Sem querer mudar sequer uma única vírgula. Nem sempre quando acabamos de ler uma página, ela termina em um ponto final. Nem sempre é preciso tocar em um só fio de cabelo de alguém, para que ela se torne inesquecível. Ponto final nem sempre finaliza.

Página virada, objetivos determinados e lá vamos nós!!! Página virada? Onde? A página pode até ser outra, e é!! Mas cadê os sinais, as letras, as palavras, as conjuções coordenativas aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e principalmente as explicativas? Cadê o professor que não deixou tudo explicado para escrevermos novamente? Cadê???? Sempre buscamos direções, respostas prontas, caminhos sinalizados... Um erro enorme, mas humano. Sem cobranças, ok? Quer dizer, sem tantas cobranças.
Acho o ato de virar uma página tão radical para um ser humano, pelo menos hoje, eu acho isso. Soa como se fôssemos apagar tudo que está na nossa mémoria com um simples gesto. Dilacerando, rasgando cada momento (importante ou não) das nossas vidas. Como quando encostamos algo velho, sem uso... Ignoramos, esnobamos... Não, eu não quero. Quero deixá-las ao meu lado, todas... as tristes, as alegres, as emocionantes, as insonsas... e escrever novas... como a linha do tempo...
Gosto das reticências, por isso, propositadamente, as usei em demasia...
Queria ilustrar esse texto com uma música, mas não consegui... amo música e tenho tantas que me marcaram, então decidi não escolher... seria injusto. Você que está lendo, com certeza se lembrou de alguma...  

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A leveza ácida de seus beijos

Uma xícara de café
Com um amor destemido, por favor 
A ousadia em confronto com a timidez
Raiva, desejo, delicadeza
Insano prazer
A melodia selvagem dos seus braços
Sonho

Uma xícara de café, por favor
Açúcar ou puro?
Não quero doçura, nem tampouco amargura
Quero acidez
O ácido atiçando meu paladar
A acidez, capaz de amaciar as mais rígidas fibras
Quero a leveza ácida que só seus lábios são capazes de produzir
Beber seus beijos
Sem direitos, sem deveres, sem rima, sem poesia
Sem dons passivos
Me torno ativa
Entrega

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O DIFERENTE... SERÁ?

Sabe aquela brincadeira de "se você fosse um bicho, qual você seria?", alguns respondem águias, tigres, onças, bom, na maioria da vezes, animais imponentes, impetuosos e temidos. Os animais domésticos também entram nessa "brincadeira", que com certeza tem um fundo de "real". E eu? Seria um urso panda. Por quê? Inconscientemente, talvez um dia Freud me explique, rs. Conscientemente, ele sempre me encantou e pronto.


Esse assunto me faz lembrar de um filme chamado Kung Fu Panda, que narra a história de um urso panda desajeitado, Po, que trabalha no restaurante de seu pai, mas que sonha ser um grande lutador de kung fu. Como um panda poderia ser um Dragão Guerreiro? Luta, essa é a palavra-chave!! No início, ninguém acreditava que aquela fofura, todo atrapalhado, desajeitado, sem técnica alguma, sem porte físico adequado, bobo (?) derrotaria o tão temido Tai Lung, um tigre extremamente forte e inabalável (?). Po foi totalmente desacreditado. Nem ele mesmo acreditava. A única coisa que ele tinha a seu favor, era a intensidade do seu sonho!! É óbvio que esses desenhos são riquíssimos em simbologias mergulhadas em teorias psicológicas, porém não vou entrar no mérito dessa questão.


Po não era diferente, era único como todo mundo é. Era alegre, sonhador e guerreiro, ao seu modo, mas um guerreiro... tinha medo, mas não era covarde. Sofreu preconceitos de quem encontrou pelo caminho. Infelizmente, a vida também é assim... preconceituosa, mas algumas pessoas são mais pacientes e/ou compreensivas com nossas dificuldades (graças a Deus existem pessoas assim).  Outras julgam e nos setenciam com a distância (algumas dessas, já vão tarde, mas outras, realmente nos levam às lágrimas pela perda da oportunidade). Oportunidade de mostrar nossas qualidades.   

Escolhi a cena da "batalha final" (para terminar o meu texto), que de final não tem coisa alguma... seria só o começo... Po luta bravamente com o tigre "todo poderoso". Mas luta do seu jeito (já com algumas técnicas do kung fu e alguma sabedoria), mas do seu jeito, repito. Sem perder o charme do seu ar atrapalhado, rs. Ele não tentou ser um Tai Lung ou quem quer que seja, por isso venceu. Que saibamos lutar com os nossos próprios recursos, não esquecendo de nos aprimorar e que não julguemos o outro com tanta facilidade. Dificuldades existem para serem enfrentadas e não para terem um veredicto. Às vezes atrás de uma aparente fragilidade, se esconde uma fortaleza.


domingo, 16 de outubro de 2011

Uma ousadia: a escrita

Essa é só uma pequena introdução para minha mais nova e ousada aventura: a escrita.

Adoro ler, mas a escrita sempre me fascinou. A leitura por si só já nos proporciona viagens abstratas lindas, ensinamentos e até algumas sabedorias (apesar de achar que sapiência vem de experiências concretas). Se fosse para fazer um currículo sobre minha escrita seria: redações na infância e "alguns rabiscos" na adolescência. Hoje, aos 33 anos, essa vontade está mais viva, intensa... acordou. Sim, é uma ousadia escrever, principalmente para quem não tem o dom. Mas é exatamente isso que eu quero para mim, ousadia. Essa palavra que sempre habitou na última página do meu dicionário, ignorando até mesmo as regras da língua portuguesa. Só que a ousadia merece um post somente dela, para reinar absoluta. E é o que vou fazer mais pra frente. Ela não será uma coadjuvante mais!!

Confesso que o lápis e o papel é bem mais gostoso para escrever... riscar, apagar com borracha, rasgar a folha em mil pedaços, jogar longe... atividades prazerosas. O computador me parece frio, mas mesmo assim... que venha então as "minhas letras"... Se vou escrever bem, eu não sei, mas vou tentar. Sei, a princípio, o que ela vai me proporcionar: conhecimento e o despertar de novos e antigos sonhos...